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Estimativas recentes mostram que a quantidade de informações digitais criadas dobra a cada 18 meses. Pesquisas mostram que em 2010 foram criados mais de 1.200 exabytes, já em 2012 foram criados mais de 2.837 exabytes de dados. A crescente quantidade de dados gerados causa impacto também na quantidade de dados transmitidos pelas redes. Relatórios de grandes empresas de telecomunicações estimam que o tráfego IP em 2012 superou meio zettabyte. Isso demonstra uma taxa de tráfego 8 vezes maior a verificada em 2007. Grande parte deste aumento vertiginoso no volume de dados está relacionado ao crescimento do número de dispositivos conectados. Em 2008 o número de dispositivos conectados as redes ultrapassou o número de habitantes do planeta terra. Estimativas apontam que em 2020 haverá 26 vezes mais dispositivos conectados do que pessoas no mundo. Empresas e especialistas estão chamando este movimento de Internet das Coisas (Internet of Things) ou Internet de Tudo (Internet of Everything).

Todo este cenário caracterizado pelo aumento da quantidade, velocidade e diversidade de informações criadas por dispositivos eletrônicos representa o Big Data. Mais especificamente, o termo Big Data foi cunhado para expressar a ineficiência, e muitas vezes incapacidade, das ferramentas tradicionais no processamento e análise de grandes volumes de dados. Hoje em dia, muitas empresas têm acesso a um grande volume de dados, mas não conseguem extrair conhecimento a partir deles. O resultado disto é uma situação curiosa, pois quanto mais dados as organizações armazenam, menos elas conseguem processá-los e analisá-los. Esta perspectiva pessimista causada pelo uso de métodos ultrapassados de análise de dados deve ser superada. Para isso, novas tecnologias agrupadas sobre o nome de NoSQL estão sendo propostas. Estas tecnologias têm como premissa fundamental o uso de modelos de dados que respeitem as especificidades da cada aplicação, quebrando o paradigma imposto pelo modelo relacional do one-size-fits-all.

A tendência de uso de tecnologias NoSQL na análise de Big Data está se tornando cada vez mais efetiva. Várias empresas de gramde porte em tecnologia da informação estão propondo ou utilizando estas tecnologias. Este é um movimento sem volta e que está cada dia mais em evidência. Segundo especialistas, a análise de Big Data é talvez a maior inovação na computação nas últimas décadas. Até agora, estamos apenas começando a ver o seu potencial na coleta, organização e processamento de dados em escala global.